Citisiniclina começará a ser comercializada no Reino Unido no fim do mês, mas ainda não tem previsão para países como EUA e Brasil.
Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Argentina mostrou que um medicamento de baixo custo de produção pode mais que dobrar as chances de fumantes largarem o cigarro e representar a 1º nova terapia para o tabagismo de muitos países em quase duas décadas. O trabalho, publicado no último dia 31 na revista científica Addiction, reforçou ainda que a citisiniclina, também conhecida como cistina, é segura e bem tolerada.
A citisiniclina é um fármaco à base de plantas que se liga aos receptores de nicotina no cérebro, de modo a aliviar o desejo pela substância e, consequentemente, de fumar. Além disso, reduz a gravidade dos sintomas associados à abstinência. É um mecanismo semelhante à vareniclina, substância do Champix, da Pfizer, aprovada nos EUA e no Brasil para o combate ao tabagismo.
O medicamento não é novo, foi sintetizado ainda em 1964 na Bulgária. Além disso, pelo caráter fitoterápico que diminui as regras para comercialização, já é utilizado amplamente em diversos países da Europa desde os anos 60.
Porém, apenas agora estudos clínicos rigorosos começaram a ser conduzidos para comprovarem o potencial entre aqueles que querem deixar de fumar. No Reino Unido, por exemplo, somente há pouco tempo a cistina recebeu um aval regulatório para ser usada oficialmente com esse objetivo, e estará disponível para venda a partir do próximo dia 22, mediante prescrição médica.